Esse Artigo do jornalista Cláudio Ribeiro é uma oportunidade para informar os eleitores sobre a importância do espectro político e a importância de nossas escolhas nas urnas, reforçando a necessidade de um voto consciente e informado.
Como se sabe, os partidos políticos são desde sua origem tradicionalmente classificados em duas grandes tendências opostas: os partidos de direita e os partidos de esquerda. Há um consenso geral de que a esquerda inclui progressistas, sociais-liberais, ambientalistas, social-democratas, democrático-socialistas, libertários socialistas, secularistas, socialistas, comunistas e anarquistas, enquanto a direita inclui neoliberais, defensores do liberalismo econômico, conservadores, reacionários e outros.
Mas o que significa ser de esquerda ou de direita na prática? Vamos entender um pouco mais sobre essas tendências.
O espectro político, quando se fala em esquerda, caracteriza-se pela defesa de uma maior igualdade social. Normalmente, isso envolve uma preocupação com os cidadãos que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas. Os partidos de esquerda tendem a apoiar políticas que promovam a redistribuição de renda, a proteção dos direitos dos trabalhadores, a ampliação do acesso a serviços públicos de qualidade e a luta contra discriminações de diversas naturezas.
Por outro lado, a ideologia da direita defende valores conservadores e tradicionais, a liberdade do mercado e um poder limitado de intervenção do Estado. Para os partidos de direita, a prioridade é garantir a liberdade individual e econômica, promovendo um ambiente favorável aos negócios, ao empreendedorismo e à livre iniciativa. Eles acreditam que o mercado livre é o melhor regulador das atividades econômicas e que o papel do Estado deve ser reduzido ao mínimo necessário para garantir a ordem e a segurança.
No Brasil, a paisagem política tem suas particularidades. Estudiosos como cientistas sociais da Unesp, especializados em integralismo e radicalismo político, situam o bolsonarismo numa tradição autoritária brasileira, alertando para o risco de iniciativas ainda mais ousadas se não houver uma resposta adequada por parte das instituições do Estado. ‘O extremismo político é a degeneração das instituições democráticas’, dizem esses estudiosos. E é cada vez mais evidente que o fascismo tem conquistado novo fôlego. No Brasil, seus traços percorrem as fendas da democracia — que está em risco e precisa ser preservada.
Então, na hora de escolher seus representantes, é importante saber em que partido eles estão. Partidos como PSC, PP, Partido Novo, PDC PL, União Brasil, PSD e outros têm uma orientação mais à direita. Conheça os valores e as propostas dos candidatos desses partidos. Reflita: será que eles defendem os interesses da maioria? Será que vão trabalhar para reduzir desigualdades ou para manter o status quo?
Tenha certeza de que a escolha do seu candidato a vereador ou prefeito pode impactar significativamente a situação da sua cidade. A mudança ou a continuidade das políticas depende do seu voto consciente. Pense bem e informe-se. O futuro da nossa democracia está em nossas mãos. Depois não adianta reclamar!
Cláudio Ribeiro
Jornalista com formação em Direito
Pós-graduação em História do Brasil e Ciências Politicas
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