Bolsonaro cortou orçamento de hospital incendiado, em plena pandemia

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Ministério da Saúde já estava ciente dos riscos elétricos, mesmo assim, cortou 11% dos gastos do mais importante hospital público do RJ.

Em plena pandemia do novo coronavírus, o Hospital Federal de Bonsucesso — o mais importante da rede federal de saúde no estado do Rio de Janeiro — , recebeu menos recursos em comparação aos anos anteriores. Sob a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governo federal reduziu em 11% o orçamento do HFB ante o último ano do governo Michel Temer (MDB).

Nos últimos dez anos, os cortes foram da ordem de 40%, um montante de R$ 218 milhões em 2010 que foi reduzido para R$ 131 milhões este ano. Os dados foram levantados pela Associação Contas Abertas no sistema de acompanhamento do orçamento do Governo Federal, a pedido da GloboNews. O Ministério da Saúde não respondeu às solicitações de nenhuma reportagem, até o momento.

Bombeiros controlam incêndio no hospital de Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro.

O HFB, na zona norte do Rio de Janeiro, teve um de seus seis prédios incendiados na manhã desta terça-feira. A situação caótica levou à morte de três dos 162 pacientes que foram transferidos do prédio em chamas. As mulheres de 42 e 83 anos estavam internadas entubadas em estado grave em decorrência da Covid-19 e não resistiram à transferência e morreram. A morte de um terceiro paciente foi informada no final da noite.

A causa do fogo é investigada pela Polícia Federal, pois era sabido, desde o ano passado, dos riscos de incêndio. A Defensoria Pública da União (DPU) relatou que dois transformadores funcionavam com superaquecimento, falta de estrutura do sistema elétrico e inoperância de hidrantes. Esses problemas elétricos são conhecidos desde 2005, senão antes, e foram comunicados ao Ministério da Saúde para eventuais providências.

A direção do hospital confirma o relatório do Corpo de Bombeiros que previa o risco. A corporação militar também confirma que o hospital não possui certificado de aprovação da corporação, já tendo sido multado, notificado, mas não interditado, devido à crise sanitária.

Com informações das agências de notícias.

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