Nas pesquisas anteriores, os índices de rejeição ao governo eram numericamente inferiores: 61% em 8 de julho e 62% em 21 de julho
A rejeição ao governo Jair Bolsonaro cresceu seis pontos em apenas duas semanas e atingiu o recorde de 64%. É o que aponta a pesquisa PoderData realizada nesta semana mostra que o governo Bolsonaro atravessa seu momento de maior reprovação. Conforme o levantamento, 31% aprovam o governo e 5% não sabem como responder.
Nas pesquisas anteriores, os índices de rejeição ao governo eram numericamente inferiores: 61% em 8 de julho e 62% em 21 de julho. O avanço, porém, se deu dentro da margem de erro. Já a aprovação ao governo segue em um patamar próximo de um terço do eleitorado, o que já vinha ocorrendo desde meados de março.
Em relação ao trabalho pessoal do presidente, o quadro é semelhante ao de 15 dias antes: 56% consideram Bolsonaro ruim ou péssimo, 28% o avaliam como bom ou ótimo e 13% o consideram regular. Os três percentuais oscilaram dentro da margem de erro do levantamento anterior para este.
A última movimentação tão brusca na avaliação positiva de Bolsonaro havia sido no levantamento de 15 a 17 de março, quando ela despencou sete pontos em duas semanas – de 31% a 24%. Depois disso, ela vem oscilando na faixa de 26% a 30%.
O repique de rejeição na avaliação do governo vem em momento de confronto de Bolsonaro com outros Poderes – principalmente o Judiciário. O presidente trava embate direto com os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Os recortes da pesquisa revelam em quais segmentos os números de Bolsonaro sobressaem. Os estratos que mais consideram o trabalho presidencial ótimo ou bom são os homens (35%), aqueles com 60 anos ou mais (35%) e os moradores da região Sul (41%). Já os jovens de 16 a 24 anos (64%), os moradores do Nordeste (64%) e os que ganham de dois a cinco salários mínimos (61%) são os que mais avaliam Bolsonaro negativamente.
A pesquisa PoderData ouviu 2.500 eleitores, de 16 a 18 de agosto, em 433 municípios, de todos os estados brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Com informações do Poder360