Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná vão definir juntos sobre a realização ou não das festas públicas de Réveillon e de Carnaval. A informação é do prefeito Roberto Justus (DEM), que esteve na Câmara de Guaratuba nesta segunda-feira (6). Ele respondeu publicamente à vereadora Edna Castro (Cidadania), que durante a sessão defendeu que o Carnaval fosse cancelado.
A incerteza que ainda existe sobre o impacto real que a nova variante Ômicron terá na pandemia em um momento em que o Brasil vê a redução dos casos, fez com que muitas cidades cancelassem a festa e outras aguardassem mais uns dias. A indefinição da Prefeitura do Rio de Janeiro, que realiza o mais movimentado Réveillon do país, é o exemplo desse impasse a pouco mais de 20 dias do ano novo.
No Litoral do Paraná, duas cidades que ainda não haviam começado a organizar a festa da virada do ano, Paranaguá e Antonina, decidiram, no último dia 29 não a realizar. Também já anunciaram que não promoverão o Carnaval. Outras duas cidades não têm tradição de eventos de multidão nas duas datas: Morretes e Guaraqueçaba. A dúvida paira em relação às cidades balneárias, que justamente têm o turismo como atividade essencial.
De acordo com o prefeito de Guaratuba, o assunto foi tratado em reunião da Amlipa (Associação dos Municípios do Litoral do Paraná), realizada na segunda-feira. “Nós prefeitos das cidades que têm carnaval e que têm praia, portanto Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná, fomos, de certa forma, liberados pelo outros prefeitos para decidirmos em conjunto o que será feito com a temporada de verão inteira: Reveillon, shows do Verão Maior durante o mês de janeiro e, lá em março, o Carnaval”.
“A nossa postura no momento é entender que é muito temerário, por exemplo, você cancelar o Réveillon (enquanto) tem casas de shows e eventos abertos com grandes espetáculos acontecendo. Porque isso pode implicar numa cadeia: cancelou um, então tem que cancelar o outro. Aí, de repente, em janeiro, nós estamos com a barreiras E, aí, justamente aqueles que pediram para cancelar o carnaval lá em março serão aqueles que estarão reclamando das barreiras sanitárias”, disse.
Mesmo com um prazo exíguo, os prefeitos vão aguardar uma definição do Estado. A última decisão do governador foi de flexibilizar as restrições de prevenção à covid, mantendo a obrigatoriedade de uso de máscaras e alguns protocolos, mas liberando a realização de eventos. Isso aconteceu no dia 16 de novembro. Passados estes dias, o governo deverá tomar uma decisão, “com base nos dados científicos e não na opinião das pessoas manifestadas nas redes sociais”. Roberto Justus acredita que esta nova definição vai acontecer nos próximos dias, “provavelmente nessa semana”.
Após esta definição do Estado, os prefeitos das três cidades vão decidir: primeiro sobre o Reveillon e temporada de verão, em segundo lugar, na última semana de janeiro, sobre o Carnaval. O Carnaval em 2022 cairá entre os dias 25 de fevereiro (sexta-feira) e 1º de março (terça-feira).