O Estadão revelou ainda que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), destinou R$ 240 mil para a compra de um caminhão de lixo fornecido pela empresa de uma amiga que frequenta o seu gabinete
O Estadão revelou neste domingo (22) mais uma suspeita de corrupção no governo Bolsonaro. Trata-se de um esquema de compra de caminhões de lixo com um sobrepreço de R$ 109,3 milhões e um aumento na compra de 500%. De acordo com a reportagem, a compra e distribuição desses veículos para pequenas cidades saltaram de 85 para 488 veículos de 2019 para 2021.
O jornal revelou ainda que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), destinou R$ 240 mil para a compra de um caminhão de lixo fornecido pela empresa de uma amiga que frequenta o seu gabinete.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ingressou nesta segunda-feira (23) com representação no Tribunal de Contas da União (TCU) para a tomada de medidas urgentes na apuração da compra de caminhões de lixo por parte do poder público federal.
Para o senador, esse é mais um exemplo da corrupção instalada no atual governo, que está retomando a política do coronelismo no interior do país ao privilegiar políticos locais para garantir a sua sobrevivência no mandato.
“É falta de transparência e dano ao orçamento público. Bolsonaro coloca a culpa da crise econômica em terceiros, mas essa é uma demonstração de que a prioridade dele é o favorecimento político e não a vida do povo brasileiro que sofre com a miséria num cenário de profunda desigualdade social”, frisou.
Randolfe diz que o mais novo esquema resulta num superfaturamento que passa de de R$ 100 milhões. “É para isso que serve o orçamento secreto, roubalheira enquanto o povo brasileiro passa fome”, disse.