Proposta institui 22 de setembro como data para campanhas e atividades que tratem da conscientização sobre este distúrbio.
O deputado Requião Filho (PT) protocolou, na Assembleia Legislativa do Paraná, o projeto de lei 443/2022 que institui o Dia Estadual de Conscientização sobre a Narcolepsia, a ser celebrado, anualmente, no dia 22 de setembro. A proposta insere no Calendário Oficial de Eventos do Estado do Paraná uma data para debater o tema, firmar convênios e parcerias com entidades sem fins lucrativos e instituições públicas e particulares, especialmente do meio da saúde, que tratam do distúrbio, para a realização de eventos, campanhas e atividades de conscientização.
“Atendendo a um pedido de profissionais da saúde que tratam desse distúrbio do sono crônico no Estado, apresentamos esse projeto sobre uma doença que afeta aproximadamente 3 milhões de pessoas no mundo e que pode comprometer a vida pessoal, social e profissional de seus portadores”, justificou.
Apenas cerca de 10% das pessoas que sofrem de narcolepsia manifestam todos os sintomas da Narcolepsia, que são:
• Grave sonolência excessiva durante o dia;
• Cataplexia (episódios súbitos e temporários de fraqueza muscular);
• Alucinações ao adormecer ou acordar;
• Paralisia do sono;
• Perturbações do sono noturno (como acordar frequentemente e ter sonhos vívidos e assustadores).
“A maioria das pessoas apresenta apenas alguns, mas todos com sonolência excessiva durante o dia. A doença pode ser incapacitante, aumentar o risco de acidentes e persistir por toda a vida”, explica a médica do sono e neurologista Alessandra Zanatta.
Ela ressalta a importância de conscientizar não só a população, como os demais profissionais de saúde, porque muitas vezes os sintomas são ignorados no consultório e o atraso no diagnóstico retarda seu tratamento, causando uma série de inconvenientes na vida do paciente.
“É bacana que, com esse projeto, possamos começar também a debater políticas públicas que atendam as demandas dessa doença, que ainda é ignorada por muitos ou tratada com preconceito. Há uma série de impasses para serem vencidos, como a falta de medicamentos específicos ofertados pelo SUS, ou mesmo disponíveis no mercado brasileiro”, destacou.
Para Requião Filho toda ação que vier para somar nessa batalha será bem-vinda. “A instituição de uma data no Estado do Paraná pode ser uma atitude inicial simples, mas já é de extrema importância para que campanhas sobre o tema sejam direcionadas à população paranaense e se comece a falar mais do assunto”, declarou o deputado, que espera agora contar com o apoio dos demais parlamentares na aprovação do projeto nas Comissões permanentes da Assembleia e também no plenário.