IAT possui parceria com quatro instituições de ensino superior do Estado para atendimento a animais silvestres resgatados por meio de apreensões ou encontrados pela população e órgãos ambientais com ferimentos. Mais de 4,1 mil animais foram atendidos entre 2020 e 2023.
No Dia Internacional da Biodiversidade, celebrado nesta segunda-feira (22), o Instituto Água e Terra (IAT) comemora o sucesso de parcerias para contribuir com a conservação e proteção da diversidade da vida no planeta. O órgão ambiental, vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), buscou em convênios com universidades alternativas para ampliar os cuidados com animais silvestres. As instituições, por meio de suas estruturas de ensino e atendimento veterinário, abrigam quatro Centros de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS).
As estruturas funcionam atualmente em Londrina, Cascavel, Guarapuava e Maringá – o contrato com o órgão de Curitiba está em processo de renovação. O investimento global do Governo do Estado com os convênios, entre 2020 e 2023, foi de R$ 600 mil. Mais de 4,1 mil animais foram atendidos no período.
As parcerias são com o Centro Universitário Filadélfia (Unifil), de Londrina; Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), de Guarapuava; Centro Universitário de Cascavel (Univel) e Unicesumar, de Maringá. A estrutura é complementada pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), em Ponta Grossa, em cooperação com o Instituto Klimionte Ambiental.
Os CAFS, explica a médica veterinária Fabiana Baggio, do IAT, são responsáveis pelo atendimento à fauna silvestre nativa e exótica resgatada no Paraná, com o objetivo de devolvê-las para a natureza. A intenção, destaca ela, é expandir o número de unidades pelo Estado.
“Os Centros de Apoio à Fauna Silvestre têm dado uma segunda chance para os animais que entram machucados, passam por tratamento e reabilitação, e ganham uma nova possibilidade de serem soltos novamente na natureza. É algo essencial para a fauna do Paraná”, afirma a veterinária.
Segundo a Resolução Conjunta Sedest/IAT Nº 3 de 2022, o Centro de Apoio à Fauna Silvestre é um local preparado para receber, identificar, marcar, triar, avaliar, e estabelecer tratamento veterinário para animais acolhidos por órgão ambiental em ações de fiscalização, resgates ou entrega voluntária por particulares. A permanência dos animais depende do tempo necessário para sua recuperação. O destino pode ser a soltura no habitat natural ou, quando é um risco devolvê-lo para a natureza, são encaminhados a criadouros habilitados pelo IAT, ou mantenedores individuais, igualmente habilitados pelo órgão ambiental.
Os atendimentos variam a cada caso, mas consistem na avaliação do animal, e se preciso, o tratamento de doenças, acompanhamento biológico, uso de medicações e curativos e procedimentos cirúrgicos – o que não é uma obrigação das CAFS, mas que podem ser realizadas no local. Esse tipo de atenção ajuda a proteger a fauna silvestre e prevenir o aumento de animais em risco de extinção.
Para isso, o Governo do Paraná destinou R$ 150 mil por instituição para que as universidades conveniadas possam manter a aprimorar as clínicas veterinárias-escola, além de possibilitar a compra de insumos para os animais.