“Artistas locais são sufocados pela falta de uma política cultural que os defenda.”
A decisão da prefeitura de Pontal do Paraná de gastar mais de 500 mil reais dos cofres públicos em eventos com artistas de fora da região, especialmente vindos do eixo Rio-São Paulo, enquanto a Lei Paulo Gustavo destinou apenas 200 mil reais para serem divididos entre os artistas locais é, no mínimo, questionável e merece uma crítica contundente.
É importante ressaltar que a cultura local desempenha um papel fundamental no fortalecimento da identidade e no desenvolvimento econômico da comunidade. Investir em artistas locais não apenas promove o talento e a criatividade da região, mas também gera empregos e aquece a economia local. A Lei Paulo Gustavo, que visa apoiar os artistas locais, representa um esforço louvável nesse sentido, mas é dinheiro da União e não dos cofres da prefeitura.
No entanto, gastar uma quantia substancialmente maior em eventos com artistas de fora pode ser visto como um desequilíbrio nos investimentos culturais. Isso pode desencorajar os talentos locais e criar um cenário onde os recursos públicos são direcionados para artistas que não têm uma conexão direta com a comunidade local. Além disso, essa escolha pode não ter o mesmo impacto econômico positivo em Pontal do Paraná que o apoio aos artistas locais poderia proporcionar.
É importante que a prefeitura considere os interesses e necessidades da comunidade ao tomar decisões sobre como investir os recursos públicos. Enquanto atrações de fora da região podem ser emocionantes e atrativas para algumas pessoas, não devem ser priorizadas em detrimento do apoio à cultura local.
Seria aconselhável que a prefeitura de Pontal do Paraná reavaliasse sua alocação de recursos para a cultura e trabalhasse para equilibrar os investimentos, dando mais ênfase ao desenvolvimento e apoio aos talentos locais. Isso não apenas enriqueceria a cena cultural da região, mas também contribuiria para o bem-estar e o crescimento econômico da comunidade como um todo.
Alguns shows pagos: Camaro Amarelo, Gaucho da Fronteira, Viradinha e outros – caches e producão (som, palco, luzes, etc…)