IAT alerta para preservação de gambás no período de reprodução

Gostou deste conteúdo? Compartilhe

Facebook
WhatsApp
Imprimir
Email

Esses mamíferos são essenciais para manter o equilíbrio do ecossistema

O Instituto Água e Terra (IAT) alerta para a importância de preservação de gambás e dos cuidados que devemos tomar nesta época do ano. A transição dos dias mais frios para o início da temporada de calor coincide com o período de reprodução dos gambás, fazendo com que esses animais se tornem mais vulneráveis por se proliferarem muito rapidamente.

A médica veterinária do IAT Fabiana Baggio, explica que, por causa da fase reprodutiva, as fêmeas ficam mais lentas por terem de carregar os filhotes em uma bolsa natural localizada na região do abdômen, os marsúpios. Isso aumenta a probabilidade de serem vítimas de acidentes, especialmente durante o dia, quando saem em busca de alimentos, comumente em áreas urbanas.

“É o momento em que os gambás estão mais ativos em busca de parceiros, transitando em locais muitas vezes movimentados, urbanos. A população precisa entender que o mais importante é uma convivência pacífica, e que os espaços dos gambás sejam respeitados. Eles não atacam, não vão fazer mal nenhum”, destaca. “Reforço: é necessário prezar pela convivência pacífica”.

Ela ressalta que esses mamíferos são essenciais para manter o equilíbrio do ecossistema, já que, ao se alimentarem de frutos, auxiliam na dispersão de sementes, o que contribui para o surgimento de novas árvores. Além disso, dentro do seu papel ecológico, se alimentam de espécies venenosas e peçonhentas como serpentes, escorpiões e aranhas, e tem a capacidade de comer milhares de carrapatos por semana.

“Nessa época aparece muito gambá vítimas de ataque, que pelas lesões vemos que levaram pauladas. Nada disso é necessário. Eles são pacíficos e importantes para o equilíbrio natural do meio ambiente”, diz Fabiana.

Tutores temporários

 

O programa Cuidados e Reabilitação Intensiva de Animais Silvestres (Cria), ação de voluntariado do IAT, resgatou 83 gambás do ano passado. Todos encaminhados para tutores temporários e, depois de recuperados, devolvidos ao meio ambiente.

A voluntária Mirian Holztratner, está cuidando de quatro filhotes encontrados em São José dos Pinhais, cuja mã morru apo´s ser atacada por um cão. “Como eles ainda não geram calor sozinhos, montei uma incubadora artesanal que permite que a temperatura fique constante e tenha umidade no ambiente, para simular o marsúpio da mãe”, conta Mirian, que faz da sua casa abrigo temporário de gambás desde o início do programa.

O IAT é responsável pela análise do retorno desses animais ao habitat natural. Para que eles consigam sobreviver na natureza é preciso que tenham mais de 18 centímetros de comprimento, com idade estimada de 13 a 14 semanas de vida, além de pesar mais de 400 gramas.

Convívio pacífico é possível

 

O convívio com os gambás pode ser pacífico desde que algumas providências sejam tomadas. Normalmente, eles procuram locais fechados e protegidos, como forros e telhados de residências. A indicação é vedar esses locais para evitar que os animais entrem.

Outra forma evitar que sejam atraídos é não deixar alimentos disponíveis no quintal, como ração de cães e gatos; manter latas de lixo fechadas com cadeados; e não acumular de lixo ou entulhos.

Em casos de acidentes, atropelamentos ou riscos de ataques por animais domésticos, o conselho é entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente de seu município, com o escritório regional do IAT mais próximo da ocorrência ou, ainda, com o Setor de Fauna do IAT, que fica em Curitiba.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *