Após ingresso no Partido dos Trabalhadores em 2022 para apoiar Lula, pai e filho buscam novo destino político devido a divergências e falta de espaço.
O ex-governador Roberto Requião e o deputado Requião Filho, que aderiram ao Partido dos Trabalhadores em 2022 para apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, enfrentam descontentamentos significativos com a legenda. As divergências tornaram-se evidentes desde a eleição de Lula, quando Requião expressou publicamente suas críticas ao partido.
O desentendimento ganhou destaque quando Requião foi convidado para ocupar um cargo na Itaipu Binacional e recusou, rejeitando a ideia de obter um benefício fácil. Essa recusa resultou em um confronto com a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann. Sentindo-se sem espaço na legenda e discordando de algumas políticas de Lula, Requião viu-se isolado, sem perspectivas claras.
Para Requião Filho, a questão está relacionada à busca por oportunidades para disputar eleições. O filho do ex-governador, que tem obtido expressivas votações como deputado estadual, almeja a possibilidade de concorrer a um cargo no Executivo. Contudo, ele percebe que essa ambição pode ser dificultada permanecendo no PT.
Ambos pai e filho revelam ter recebido convites de diversos partidos, tanto na esquerda quanto na centro-direita, e estão avaliando com cautela as opções disponíveis, sem pressa para tomar uma decisão definitiva.