Espetáculo Musical ou Circo Social? Crítica aos Megaeventos do Verão Maior Paraná

Gostou deste conteúdo? Compartilhe

Facebook
WhatsApp
Imprimir
Email

 

Entre multidões e ilusões, a superficialidade dos shows gratuitos nas praias paranaenses

 

O recente espetáculo protagonizado pelo cantor Luan Santana e pelo grupo É o Tchan, durante o Verão Maior Paraná em Matinhos e Pontal do Paraná, atraiu uma quantidade impressionante de fãs, com estimativas da Polícia Militar indicando a presença de quase 180 mil pessoas nos dois shows. Contudo, é inevitável questionar a real significância desse tipo de evento e seu impacto na cultura musical.

 

Na praia de Caiobá, um mar de aproximadamente 136 mil pessoas se reuniu para testemunhar o fenômeno do sertanejo pop. Luan Santana, com seu novo show “Luan City 2.0”, encantou a audiência com sucessos consagrados, transmitidos ao vivo pela TV Paraná Turismo e a Band. A gratuidade do evento foi destacada pelo cantor, que ressaltou a importância de shows acessíveis a todas as classes sociais.

 

No entanto, será que a grandiosidade numérica traduz efetivamente qualidade artística e cultural? Enquanto alguns fãs expressam devoção, como a estudante Gabriela Barduzzi, que viajou de Londrina para ver seu ídolo, outros apontam para a superficialidade do espetáculo. A cantora Maria Eduarda, por exemplo, ressalta a experiência positiva, mas é preciso questionar se a magnitude do evento se traduz em uma verdadeira apreciação da música ou se está mais próxima de um espetáculo circense.

 

A apresentação do É o Tchan em Pontal do Paraná seguiu a mesma fórmula, atraindo 42 mil pessoas com seus clássicos. A gratuidade, segundo Compadre Washington, é uma forma de democratizar o acesso à música. Mas, em meio a danças animadas e irreverências no palco, surge a pergunta: a gratuidade está promovendo a democratização cultural ou apenas servindo como isca para entretenimento de massa?

 

Enquanto o público se deleita com o espetáculo, alguns argumentam que a verdadeira democratização cultural vai além dos shows gratuitos e demanda políticas culturais mais profundas. Ainda que o evento proporcione momentos de lazer, a crítica se volta para a superficialidade e a falta de questionamento sobre o verdadeiro impacto dessas mega produções na cultura e na sociedade local. Será que tais espetáculos representam, de fato, uma valorização da arte popular, como afirmam alguns espectadores?

 

A edição deste ano do Verão Maior Paraná pode ter proporcionado momentos de diversão e entretenimento, mas também suscita reflexões críticas sobre a verdadeira essência desses eventos e seu papel na construção de uma cultura musical mais rica e significativa.

Só um detalhe: qual o motivo para não prestigiar artistas locais com a mesma estrutura e caches?

Promover e aumentar o prestígio de um artista musical local pode envolver uma combinação de estratégias de marketing, promoção, networking e desenvolvimento de talentos.

Para aumentar o prestígio de um artista musical local, é essencial envolver-se ativamente na comunidade musical local, participar de eventos, colaborar com outros artistas e promover sua música por meio de plataformas online e redes sociais. Construir uma presença consistente e autêntica ajudará a conquistar o apoio local e a expandir a visibilidade do artista.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *