“Artistas Pedem Respostas e Criticam Inércia do Poder Executivo diante da Crise Cultural”
Pontal do Paraná, uma cidade que respira cultura e turismo, vê-se imersa em uma crise que ameaça a vitalidade de seus artistas locais. A urgência pela liberação dos recursos da Lei Paulo Gustavo, destinados pelo governo federal à cultura em tempos de pandemia, tornou-se um clamor persistente por parte dos aristas culturais locais. O Fórum Municipal de Cultura tem se destacado na cobrança junto ao Poder Executivo, mas, até o momento, as respostas são tão escassas quanto os recursos prometidos.
Desde novembro do ano passado, os artistas têm buscado uma solução para a falta de apoio, utilizando o espaço dedicado à Tribuna Livre durante as sessões ordinárias da Câmara Municipal. A preocupação cresce à medida que outras cidades avançam na distribuição dos recursos, enquanto Pontal do Paraná permanece estagnada, presa em uma inércia que ameaça a vitalidade cultural local.
Os recursos provenientes da Lei Paulo Gustavo são cruciais para os artistas da cidade, muitos dos quais já se viram obrigados a migrar para outros municípios em busca de oportunidades que Pontal do Paraná parece incapaz de proporcionar. Um membro de um grupo teatral local lamenta a redução do elenco devido à falta de recursos para montar espetáculos, colocando dinheiro do próprio bolso para manter viva a chama da arte em prol da comunidade.
Além disso, a promessa não cumprida pela Prefeitura de realizar uma audiência pública para a destinação dos recursos é motivo de frustração entre os artistas. Um representante da comunidade cultural destaca que, além do teatro, a cidade abriga talentosos músicos, cantores e pintores que estão sendo apagados pela falta de investimento e apoio.
A impressão que fica entre os artistas é a de que Pontal do Paraná permanece parada no tempo, enquanto cidades vizinhas avançam culturalmente aproveitando as oportunidades oferecidas pela Lei Paulo Gustavo. O Fórum Municipal de Cultura está determinado a sensibilizar os vereadores para a urgência da situação, alertando para o prazo estabelecido na lei e solicitando uma ação imediata por parte do prefeito Rudão Gimenes.
A cultura local, um patrimônio inestimável, clama por atenção e investimento para evitar que Pontal do Paraná se torne não apenas uma cidade estagnada, mas também um espaço onde a expressão artística é silenciada pela falta de apoio governamental.