Invasão patrocinada por políticos deixa rastro de destruição em área de reserva ambiental
No dia 15 de dezembro, as consequências de uma invasão iniciada em outubro de 2020, supostamente patrocinada por políticos locais em Pontal do Paraná, todos da base de apoio ao prefeito Rudão, foram evidenciadas com um despejo no final de 2023. Durante o período eleitoral, carros ligados a esses políticos eram frequentemente vistos transportando pessoas e materiais de construção para a área invadida, enquanto moradores que tentavam documentar a situação enfrentavam ameaças.
Após uma batalha judicial liderada pelo Ibama, ficou estabelecido que a área invadida era, na verdade, uma reserva ambiental crucial para a conservação da Mata Atlântica, além de servir como habitat de espécies como tucanos, porcos-espinhos, saguis e diversas aves. No entanto, as consequências da invasão foram devastadoras, com a derrubada de inúmeras árvores e a perda irreparável de habitat para a vida selvagem.
Com o despejo, a prefeitura foi ordenada a iniciar a recuperação da área degradada. Entretanto, o que se constata é um cenário de descaso tanto ambiental quanto sanitário. Em vez de realizar as medidas necessárias para restaurar o ecossistema danificado, a área está repleta de entulhos das casas desmontadas durante o despejo, tornando-se potenciais criadouros e focos de proliferação do mosquito da dengue.
Apesar das ações da prefeitura para cercar a área, visando proteger o entulho, a falta de um plano efetivo de limpeza e restauração ambiental representa um grave problema para a comunidade local e para a preservação do meio ambiente.
Fotos do local da invasão desocupada, a prefeitura cercou o local sem retirar os entulhos que viraram estação de veraneio do aedes