Vida nas Sombras – A Realidade das Pessoas em Situação de Rua na cidade governada pelo Rudão Gimendes.
Pontal do Paraná enfrenta uma grave crise de assistência social, afetando diretamente as pessoas em situação de rua. O caso de Jorge, um dos moradores de rua da cidade, exemplifica o descaso da Prefeitura e da gestão do prefeito Rudão e a ineficácia do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em cumprir sua missão. Jorge perdeu todos os seus documentos, tem problemas sérios de saúde inclusive com AVC e, apesar de ser responsabilidade do CRAS ajudar na resolução de problemas como este, ele permanece sem assistência. Senhor Jorge vive abandonado pela sorte e só sobrevive com a ajuda de alguns moradores.
O CRAS é um equipamento público destinado a oferecer serviços, programas e benefícios com o objetivo de prevenir situações de risco e fortalecer os vínculos familiares e comunitários. No entanto, a realidade enfrentada por Jorge e muitos outros em Pontal do Paraná mostra que o CRAS não está cumprindo suas funções. As atividades desenvolvidas nos CRAS incluem:
Acolhida e escuta qualificada para identificação das necessidades sociais;
Atendimento individual/familiar;
Trabalhos em grupo;
Inserção e acompanhamento em Programas Sociais;
Campanhas socioeducativas;
Oficinas de convivência e socialização;
Atendimento psicossocial;
Encaminhamento das demandas para a rede socioassistencial e de outras Políticas Públicas;
Grupos de crianças, jovens e idosos, dentre outras atividades;
Acompanhamento às famílias em descumprimento de condicionalidades do Programa Bolsa Família.
Apesar dessas atribuições, a realidade é que Jorge, sem documentos e sem qualquer tipo de apoio, continua à mercê das adversidades da rua. “Já fui várias vezes ao CRAS, mas sempre dizem que não podem fazer nada por mim”, desabafa Jorge. Este é um exemplo claro de que a acolhida e a escuta qualificada, que deveriam ser a porta de entrada para identificar e solucionar problemas, estão falhando.
Moradores locais e ativistas sociais têm denunciado o descaso do CRAS e da prefeitura, assim como André que vem apontando a necessidade urgente de uma revisão nos processos e práticas de atendimento. “É inadmissível que pessoas como Jorge sejam abandonadas à própria sorte. O CRAS deveria ser um lugar de acolhimento e solução, mas se tornou um símbolo de burocracia e ineficiência”, afirma André, ativista social.
Os desafios enfrentados pelo CRAS em Pontal do Paraná são complexos, mas não insuperáveis. Requerem vontade política, gestão eficiente e, acima de tudo, um compromisso real com os direitos e dignidade das pessoas em situação de vulnerabilidade.
Enquanto Jorge e muitos outros continuam sem perspectiva, a comunidade questiona: até quando a prefeitura de Pontal do Paraná e o prefeito Rudão permitirá que seus cidadãos mais vulneráveis sejam negligenciados?
Vídeo sobre a situação de Jorge: