Pai de Mauro Cid negociou joias nos EUA usando estrutura da Apex

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Comissão do órgão diz que a foto em que o general Mauro Lourena Cid aparece no reflexo de uma escultura de palmeira foi tirada dentro do escritório de Miami com o celular corporativo

O general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, usou a estrutura da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Miami, nos Estados Unidos, para negociar joias recebidas como presentes pelo ex-presidente.

A conclusão consta no relatório divulgado nesta sexta-feira (12) pela comissão extraordinária da ApexBrasil. De acordo com órgão, o militar utilizou indevidamente a estrutura da Agência “para negociações e presentes de Estado”.

O grupo foi criado no mês de abril após investigações da PF revelarem que Mauro Lourena Cid usou o escritório do órgão para negociar joias em favor de Bolsonaro. O general comandou o excretório do órgão de Miami e agiu após a sua demissão do cargo.

 

“A partir do relatório da Polícia Federal, foi possível concluir que, às 10:39 da manhã de 4 de janeiro de 2023, já demitido, mas ainda nas dependências do escritório da Apex, ele usou o celular funcional para compartilhar fotos das joias e objetos de arte do acervo atribuído ao ex-presidente”, diz um trecho do relatório.

O documento revela ainda que a foto em que o general aparece no reflexo de uma escultura de palmeira foi tirada dentro do escritório de Miami. O general usou o celular corporativo para fazer a fotografia.

Lorena também demorou em devolver o celular e o notebook. Os equipamentos corporativos foram devolvidos, respectivamente, em 17 de janeiro e 7 de fevereiro de 2023.

Ao devolver os equipamentos, o militar descumpriu o procedimento padrão, ao apagar irregularmente os dados dos celulares e do notebook.

“Em ambos os casos, foi contrariado o procedimento padrão de devolução e apagamento dos dados de equipamentos da ApexBrasil, que devem ter sua integridade atestada e seus dados apagados por uma empresa prestadora de serviços de tecnologia contratada da Agência”, diz outro trecho do documento.

Lorena nunca devolveu o passaporte oficial, e que continuou frequentando o escritório, com “omissão” de alguns funcionários, mesmo sendo destituído do caso.

”Manteve o crachá de acesso ao prédio até dia 9 de janeiro. Em 6 de janeiro, ainda nas dependências do EA, Lourena Cid recebeu uma senha de wi-fi do escritório em seu e-mail pessoal – já que o corporativo, conforme procedimento de rotina, teve bloqueio automático no dia da exoneração. Esses eventos indicam que o ex-GM do escritório de Miami contou com algum tipo de apoio ou omissão de funcionários”, concluiu.

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