Candidatos enfrentam entraves judiciais em Paranaguá, Guaraqueçaba, Morretes e Pontal, mas garantem seus nomes nas urnas
A pouco mais de uma semana para as eleições, os moradores das sete cidades do Litoral do Paraná ainda aguardam a definição sobre quais candidatos à prefeitura estarão oficialmente na disputa no dia 6 de outubro. Apesar de algumas candidaturas ainda estarem sob análise judicial, pelo menos quatro prefeituráveis já garantiram suas imagens na urna eletrônica, mesmo com a possibilidade de terem seus votos anulados.
Em Paranaguá, Roselaine Barroso (PL) teve sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) após divergências com o diretório estadual de seu partido. Roselaine foi substituída como presidente municipal do Partido Liberal, mas chegou a recuperar o posto por meio de uma ação judicial, alegando que não teve direito ao contraditório. No entanto, o TRE-PR manteve a decisão de Giacobo, presidente estadual do PL, de destituí-la, e indeferiu sua candidatura. Mesmo assim, Roselaine permanece como uma das seis candidatas registradas em Paranaguá, recorrendo da decisão. Se o julgamento for desfavorável, os votos recebidos por ela serão considerados nulos.
Em Guaraqueçaba, Sandro da Saúde (União Brasil) enfrenta uma situação semelhante. Sua candidatura foi indeferida devido a problemas do diretório municipal do partido, que não apresentou as contas partidárias de 2016. A Justiça Eleitoral entendeu que a convenção partidária realizada em agosto deste ano não cumpriu os requisitos legais. A defesa de Sandro argumenta que a pendência afeta apenas a chapa de vereadores, e não a candidatura majoritária. Enquanto o recurso não é julgado, Sandro segue na urna, mas sem garantia de que seus votos serão contabilizados.
Já em Morretes, Ariel Conforto (PL) pode ser excluído da disputa por falta de quitação eleitoral. O Ministério Público Eleitoral apontou a ausência da certidão, e a Justiça negou o pedido de defesa, considerando a falha um erro grave. Mesmo assim, Ariel ainda consta como candidato até a decisão final.
Em Pontal do Paraná, a situação é ainda mais peculiar. Marcelino Kobata (DC) teve sua candidatura questionada por ter sido registrada fora do prazo, após a renúncia de Marcio Luiz Gonçalves Kammers (DC), que viralizou negativamente nas redes sociais ao ser filmado agredindo um cidadão. A defesa de Kobata alega que o registro foi protocolado no mesmo dia da renúncia, mas a Justiça ainda não concluiu o processo, deixando a candidatura em aberto.
Esses casos refletem a incerteza que paira sobre o cenário eleitoral no Litoral, com candidatos participando da corrida sem a certeza de que poderão assumir seus cargos caso eleitos.